sábado, 23 de maio de 2009

Amor moderno



Nos fins de noite é que ele se largava na cama e lá ficava a espera do tempo que passava...

Estavam longe um do outro e isso era tão doloroso!!

Mas havia os encontros mais que físicos, encontros de almas... Aquela sensação de ligação profunda, de que o destino não os havia unido por acaso... Uma sensação de que nem os tantos quilômetros de distância os poderia afastar. E sempre que a noite avançava esperando pela madrugada, ele aguardava o som da sua voz e a saudade apertava no peito. Geralmente era quase meia noite quando ela ligava... Era quando ela podia, e ele podia também...

Às vezes o celular tocava à tarde, de surpresa, e seu coração se enchia de uma felicidade que não conseguia descrever. Ouvir sua voz meiga e tranquila, sentir que ela sorria ao falar com ele, fechar os olhos e imaginar como ela estava, fazia com que a sentisse ali, a seu lado. Embora tentasse dizer a ela o quanto havia sentido sua falta, sabia que as palavras não eram capazes de traduzir a realidade. Quase sempre, ela dizia, com voz doce e suave: "Sentiu saudade nada...". E ele sorria. E os fins de tarde eram mais felizes, e as noites eram mais belas.

Mas naquele fim de tarde ele não ouviu o toque do telefone. Ele olhava o celular, ansioso, muitas vezes pareceia sentir que havia uma chamada, mas era apenas o seu desejo. E na tentativa de achá-la ligava para seu celular, mas ouvia apenas o seu próprio chamar insistente, sem resposta. Abriu os e-mails. Nada. Ela também não havia escrito. A tarde se foi e a noite continuou com aquele siêncio que lhe apertava o peito.

Ele foi dormir triste. Parecia que estava há semanas sem notícias dela. Sentiu-se vazio. Nem mesmo assistiu ao noticiário que falou sobre a chuva torrencial e o vendaval que derrubou fios, danificou cabos e dificultou encontros. E quando nasceu o dia, depois de um sono inquieto, ele acordou com o som de mil campanhias... Correu para atender. E ouviu do outro lado do toque, aquele som que preenchia seus dias de alegria: “Bom dia, meu amor... Que saudade de você!!”.

Hélia

(Criei este texto como uma livre adaptação de um pequeno texto que li, de autoria de Ana D.)

4 comentários:

Erica de Paula disse...

Ah, que blog lindo, vim agradecer a visita e dizer que estou te linkando lá tb tá?

Voltarei sempre!!!

Bjos em teu coração!

Luiz Caio disse...

Oi Helinha! Como vai?

Passando para conhecer o seu espaço... Está muito bonito!

TENHA UM ÓTIMO DOMINGO!

BEIJOS.

Gitano Elson disse...

Oi,
Estou aqui para agradecer a sua visita em nossa tenda.
Seja bem vinda!!!

Abraços de Luz

Anônimo disse...

Hehehe... Eu entendi completamente esse texto... mê dá uma tristeza... Ai ai... Beijos ...