sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Sobre sedes e fomes...


“A gente não quer só comer
A gente quer comer
E quer fazer amor
A gente não quer só comer
A gente quer prazer
Pra aliviar a dor...

A gente não quer
Só dinheiro
A gente quer dinheiro
E felicidade
A gente não quer
Só dinheiro
A gente quer inteiro
E não pela metade...”

(Titãs – Comida)


Há algum tempo assisti um filme que me fez refletir...

Bom, pra ser sincera não foi exatamente o filme que me levou a refletir... pra ser mais sincera ainda, nem gostei tanto do filme! Estava passeando pelos canais com o controle remoto, quando parei em um canal (não sei qual) onde o filme estava sendo exibido (também não me lembro o nome do filme... hehe... Se alguém souber, me diga!). O que me levou a refletir foi uma frase dita no fim do filme!

A questão é que fiquei assistindo porque estava frio e eu estava com preguiça de fazer outra coisa. Era a história de uma moça que havia sofrido muito, desde criança, com o padrasto; engravidou, obrigaram-na a abortar; casou-se, sem amor, com o médico que fez o aborto; esse médico (o marido) a humilhou e maltratou muito também; um dia o marido desapareceu e ela era suspeita de tê-lo assassinado. Acostumada a ser sempre maltratada e humilhada, ela ficou assustada e encantada quando conheceu um homem, vindo de outra cidade, e que a tratava com educação e gentileza. Como ele não conhecia a história dela, tratava-a como tratava todas as mulheres: bem! Mas isso era algo desconhecido para ela, ser tratada com respeito. Quer dizer, o que deveria ser absolutamente normal, para ela era algo estranho, novo!

No fim do filme, uma cena em que a moça vai sair da cidade com o tal rapaz que a tratava bem. Ela para ao lado da porta do carro e não entra. O rapaz fica um tempão parado também, olhando para ela, que nada diz. Até que, finalmente, o cara percebe que ela está esperando que ele abra a porta para que ela entre! Ele corre e abre a porta. Antes de entrar, ela diz para ele:

- A partir de hoje eu quero ser tratada como uma dama. E não aceito menos que isso!

Fiquei pensando nessa frase... A gente deveria dizer sempre: “Não aceito menos que isso!”.

Então, digo que não aceito o mínimo! Quero o máximo possível, porque acredito que eu mereça.

Quero o máximo de amor, de carinho, de prazer, de alegria, de respeito, de justiça, de verdade, de conhecimento... e quero dar o máximo de mim também! Porque sei o quanto sou intensa, então quero tudo intensamente!

No momento, eu tenho muita fome e muita sede da presença de quem me faz bem! E quero saborear muito isso... intensamente!! (Ah, e sede/fome de uns beijinhos no pescoço também, porque eu mereço... ah, se mereço!!)

^^

E você? Tem sede de que? Tem fome de que?

Hélia