terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Feliz recomeço!!

 A vida é um ciclo contínuo... Não quer dizer que chegando ao final do dia 31 de dezembro tudo mudará... Nunca Muitas vezes, nada muda! Com toda certeza Talvez o ideal seria vivermos mesmo um dia de cada vez...

Acontece que o ser humano tem uma mania necessidade de marcar o tempo. E a forma que temos para fazer isso é tomando por base eventos que se repetem em determinados períodos de tempo... Daí nossa neura necessidade de seguirmos um calendário...

Um novo ano é questão de cada um calendário! Aliás, são vários os calendários utilizados pelo mundo: cristão, judaico, islâmico, chinês, entre outros. Não seria ótimo se usássemos o ano novo em cada um deles para nos renovar, nos aprimorar... para recomeçar?

Desejo a você, pessoa querida, um maravilhoso Ano Novo!

E um Feliz Recomeço, sempre, com muito sexo amor!

^^

Hélia



Eu te desejo
Não parar tão cedo
Pois toda idade tem
Prazer e medo...

E com os que erram
Feio e bastante
Que você consiga
Ser tolerante...

Quando você ficar triste
Que seja por um dia
E não o ano inteiro
E que você descubra
Que rir é bom
Mas que rir de tudo
É desespero...

Desejo...
Que você tenha a quem amar
E quando estiver bem cansado
Ainda, exista amor
Pra recomeçar
Pra recomeçar...

Eu te desejo muitos amigos
Mas que em um
Você possa confiar
E que tenha até
Inimigos
Pra você não deixar
De duvidar...

Quando você ficar triste
Que seja por um dia
E não o ano inteiro
E que você descubra
Que rir é bom
Mas que rir de tudo
É desespero...

Desejo...
Que você tenha a quem amar
E quando estiver bem cansado
Ainda, exista amor
Pra recomeçar
Pra recomeçar...

Eu desejo
Que você ganhe dinheiro
Pois é preciso
Viver também
E que você diga a ele
Pelo menos uma vez
Quem é mesmo
O dono de quem...

Desejo...
Que você tenha a quem amar
E quando estiver bem cansado
Ainda, exista amor
Pra recomeçar...

Pra recomeçar!
(Amor pra recomeçar - Frejat)

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Feliz Natal pra todos!

Desejo um Feliz Natal a todos os meus amigos!!

Aos que me acompanharam durante o ano de 2010...

Aos que me acompanham há muitos anos...

Aos que ainda irão me acompanhar...


Feliz Natal




Para quem comemora o nascimento de Jesus como sentido maior do Natal









Para quem pede presentes ao
 Papai Noel









Para quem
 ama e protege
 os animais







Para quem
 gosta 
de meninas















Para quem
 gosta
de meninos










Para quem
gosta
 de variar












Para quem
 topa
 tudo









E até para quem
 NÃO gosta
 de Natal!!









Seja qual for a sua idade, cor, raça, credo, gosto ou humor...
Desejo a você um Natal de 
muito AMOR, 
muita ALEGRIA 
e muita PAZ!



^^

Hélia

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Fantasmas...


Aquele sonho que eu tinha
– aquele, com você –
morreu,
há tempos não vive mais.
Cansei de carregar comigo
um sonho moribundo,
que se arrastava
cansado
sobre uma perna somente.
Agora tenho outros sonhos.
Não só um, são vários.
E eles não andam:
voam com suas asas
regeneráveis.
Não há medo de queda,
pois nascem novas asas
todos os dias.
E já nem lembro mais
que um dia
sonhei com você!
Mas nas minhas madrugadas
solitárias
as correntes arrastadas
pelo fantasma do antigo sonho
– aquele, com você –
me atormentam,
me tiram o sono
e me deixam com essas
olheiras
ao amanhecer.

^^

Hélia

[A imagem que embeleza esse texto - Guerreira na ruína - é uma ilustração feita pelo meu querido LandNick !! Veja mais aqui: Heréticos&Eróticos.]

domingo, 21 de novembro de 2010

Permita...


Deixe que minhas mãos afoitas
enlacem por inteiro seu corpo
em um abraço intenso, num fogo a arder.

Consinta que minha boca curiosa
explore cada parte de sua pele
em doces beijos, a lhe aquecer.

Aceite que minha língua sedenta
descubra deliciosos caminhos
em ousadas carícias, a lhe enlouquecer.

Transmita a mim o poder
de conduzir nossos corpos
em uma dança, de gozo e puro prazer.

Permita-se gemer como queira
com brados loucos ou bem baixinho,
em um êxtase total, a nos envolver.

Permita-me sorrir, satisfeita,
quando, aninhada em seus braços,
em um momento de paz... adormecer!

^^

Hélia

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Um elogio ao amor nas entrelinhas...


Tenho uma ótima relação com as palavras... Gosto demais delas, valorizo, respeito... tomo um cuidado enorme!! Não me canso dessas minhas companheiras quase constantes (acho que elas é que devem se cansar de mim... rsrs)!!


Mas há momentos em que elas me fogem... minhas companheiras, as palavras...


É quando alguém consegue tocar tão fundo em meu coração, que não há palavras que sejam suficientes para explicar a essa pessoa tudo o que ela representa em minha vida... Nesses momentos, o coração fica tão repleto de felicidade, que ele não a comporta... e ela, a felicidade, transborda pelos olhos! Sim... lágrimas de felicidade...


Foi assim que me senti hoje, ao abrir meu email e deparar com essa demonstração de amizade linda, da minha amiga Tatiana Kielberman...


Diante disso, dizer o que?


Só posso dizer, com o coração aquecido de felicidade e olhos cheios de lágrimas (felizes!)... nas entrelinhas, em letras miúdas, graúdas... ou gritando aos quatro ventos... onde a amizade nos faz voar:


Amo você também, minha amiga querida! Obrigada por sua amizade!


Meu coração, hoje, bate assim:


Ta-ty... Ta-ty... Ta-ty... rsrs


(Sabe, minha linda... não há amizade sem interesse... A nossa amizade tem um interesse, eu sei! O único interesse é ser feliz, fazendo a amiga feliz... ^^)


Leiam... e sintam...


 Minha querida Helinha,

Desejo que você esteja em paz e com saúde. Em um primeiro momento, fiquei receosa por escrever algo direcionado ao seu blog sem pedir autorização. Contudo, como sei que seu coração é grandioso e sua paciência maior ainda, não me contentei em simplesmente manter esses sentimentos todos dentro de mim.

Você me ensina todos os dias o quanto é importante dizer o que se sente àqueles que amamos, não é? Por isso hoje estou aqui.

Na verdade, meu objetivo nada mais é do que fazer um elogio à sincronia que temos: saudar a pessoa que você é e também a que me tornei após ter te encontrado.

Sabe, Helinha, na passagem pela vida surgem pessoas muito únicas que, quando realmente adentram o nosso coração, não têm mais como ir embora. São aquelas que, mesmo à distância, temos vontade de abraçar, cuidar, acarinhar, proteger... É algo maior que amor de amigo e completamente diferente do amor sensual, pois foge de regras e é isento de tabus ou venenos.

E esse sentimento sem nome nasceu, em primeira instância, por sua causa... Você se lembra?  Eu estava quietinha no meu canto, lá no P&V, quando de repente você veio até mim, passou a comentar meus textos e bateu à porta do meu coração. Quis me conhecer, compreender minha angústias e se tornar muito mais do que uma colega de prosa.

Eu agradeci por este momento, mas só muito mais tarde pude compreender a imensidão do que estava se criando. Você me incentivou a fazer leituras de forma mais profunda – não apenas dos textos, mas também da alma de quem estivesse escrevendo. Você acreditou em mim muito antes que eu te contasse “pelas beiradas” quem eu realmente era e, mesmo sabendo que ainda havia muito para conhecer, simplesmente quis investir nessa amizade.

Com a pureza de uma criança e, ao mesmo tempo, a leveza de um adulto, foi me cativando - e não só a mim, mas a todos os outros em sua volta. Você encanta e seduz de maneira fiel cada ser que aparece em seu caminho, sem restrições, sem fronteiras. Sabe se proteger, sim, mas até mesmo para os mais frágeis você não tem medo de oferecer uma boa dose de seu amor.  

Você me ensinou que é possível demonstrar sentimentos vivos e potentes, inclusive no mundo virtual. Demonstrou pelo exemplo que não se pode medir forças quando alguém precisa do nosso carinho – e que esse carinho, se for verdadeiro, pode ser a cura para muitas doenças.

O seu amor não pede nada em troca, Helinha, e é justamente por isso que todos te amam tanto! Você ama pura e plenamente, com atenção, carinho e cumplicidade.

Mas talvez o que eu mais admire em você seja a sua capacidade de saber exatamente a quem e como amar. Você vai direto ao ponto, é sincera, coerente – não se perde nunca nas entrelinhas, pois as dribla sempre com ousadia.

E você não ama apenas as pessoas... Ama a natureza, ama seus objetos de estimação, ama os animais, ama os momentos de cada dia!

Quando você fala em pão de queijo, é como se pudéssemos sentir o gosto e o aroma dessa delícia...
Quando conta sobre suas horas gostosas de sono, todos têm vontade de dormir e experimentar a mesma sensação...
Quando narra o amor que sente por sua família, transmite a cada um a imensa vontade de também ter alguém para amar...

E quando você fala em perfeição, anjos, fadas e gnomos, apenas uma imagem surge em nossa mente...... a sua!

Minha querida, garanto a você que o sentimento presente em meu coração é muito maior do que tudo o que pude expressar nessa homenagem. Mas como você gosta de letras, aprecia o canto vindo de dentro e, principalmente, é fã de manuais, cá está um pequeno “manual” sobre como amar a Helinha do fundo da alma!

Amo você demais, hoje e sempre, amiga!

Um beijo carinhoso, minha “língua má” favorita!

Tatiana Kielberman
28/07/2010




Sempre... e depois de sempre...


^^


Hélia

terça-feira, 20 de julho de 2010

Rotina...


Desperto resoluta:
Não mais seus beijos, sua voz!
Apenas eu, apenas você,
Não mais nós...

Pela manhã você chega
E me presenteia com poesias...
Eu – que tonta! – lhe digo:
Você colore meus dias!

Ao meio dia, minha fome
É de sua boca em mim
Percorrendo meus caminhos
Numa loucura sem fim.

Meio da tarde, nem me lembro
Que só desejava esquecer...
Doces palavras me envolvem
E aumentam meu querer...

Noite chegando e como um cego
Em Braille você me lê:
Suas mãos, meu corpo em chamas...
Sou sua, me entrego a você.

Nessa confusão de bocas e pernas
Não há culpa, nem bem nem mal
Há fogo: você dentro de mim,
Delírio, êxtase, prazer total!

Suspiro profundo, encaixe perfeito
Em seu abraço encontro paz...
Mas seus braços não me pertencem!
Há tantas vidas lá atrás...

Noite se vai e você também...
Seus carinhos não são mais meus...
Sozinha, tanto frio, em prantos, decido
Mais uma vez dizer-lhe adeus!

Madrugada, meu choro incontido...
Sou barco perdido, longe do cais...
Durmo, de novo, repetindo baixinho:
Nunca mais... Nunca mais...

^^

[Brincando de fazer quadrinhas... rsrs]

Hélia

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Sorteio do livro Corpo Cindido



O Portal Sandra Cajado Arte e Cultura e a escritora Rita Schultz estão sorteando o livro Corpo Cindido!!

Para participar do sorteio, acesse ---> Sorteio do livro Corpo Cindido

Sobre o livro:



Título: Corpo Cindido

Gênero: Romance de ficção

Autor: Rita Schultz

Editora: Edição da Autora

Acabamento: Brochura

ISBN: 98-85-98178-25-7

Ano de edição: 2010


Páginas: 384

Sinopse: “Corpo Cindido”, da escritora mineira Rita Schultz, é um romance de ficção ambientado na região cafeeira do sul de Minas, e tem como tema o êxodo rural nos anos 1960/1980.

A narrativa está dividida em duas partes como prevê também o título: “O Feminino” e “O Masculino”. São abordados pela escritora, os hábitos, a cultura e os costumes das pessoas que viviam nas fazendas da região, resgatando as mudanças ocorridas e as dificuldades de adaptação destas personagens que vinham da área rural para a cidade.

sábado, 26 de junho de 2010

Saudade...


(...)

Hoje eu tenho saudade do amanhã…

Tenho saudade imensa
Dos instantes em que não estarei ao seu lado…

Saudade das nossas conversas
Do som da sua voz…
Da sua risada gostosa…
- E das risadas que você arranca de mim!
Saudade do seu cheiro, do seu abraço, do seu beijo…
Do seu jeito de me amar…
Do seu jeito de me enlouquecer
De me tirar o juízo…
- Do prazer que só você me proporciona!
(...)

Quer ler o texto completo? Conheça minha coluna Doce Inquietude, no lindoooo site Sandra Cajado Arte e Cultura... E leia o meu texto sobre a Saudade!!

Visite, leia e deixe um comentário LÁ TAMBÉM... No A&C!!!


Ficarei muito feliz! Muito mesmo!

Clique bem AQUI... --> Saudade...

^^

Hélia

sábado, 8 de maio de 2010

Onipresente...


Cansei das nossas idas e vindas!

Um dia de sorrisos
Para tantos outros de choro
É algo bem maior
Do que eu posso suportar...

Por isso desliguei o telefone,
Apaguei os emails
E evito – desesperadamente –
Qualquer lugar onde você possa estar!

Mas se trago essa sombra
Em meu sorriso
Se tenho esses ombros caídos
Se meus pensamentos voam...

É porque fecho os olhos
Sinto seu perfume
E te encontro dentro de mim...

=/

Hélia

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Para sempre e depois de sempre...



"Não sei porque você se foi
Quantas saudades eu senti
E de tristezas vou viver
E aquele adeus não pude dar...
Você marcou na minha vida..."



[Deus... Que saudade da minha amora...]

Meus queridos amigos blogueiros, que sempre estiveram por aqui, mesmo com toda essa minha ausência... Nem sei como agradecer o carinho de vocês! Mas vou contar-lhes o que se passou comigo e o motivo da minha ausência ter se prolongado ainda mais (no dia 09/03 eu havia rascunhado uma postagem sobre prêmios recebidos, mas tive dificuldade nos links; depois fiz um post no dia 29/03 e ia publicá-lo, mas não me sentia bem e ele ficou no rascunho)... É uma longa história...

Por tantas vezes comecei a escrever uma postagem aqui no blog sobre minha amiga/amora/confidente/conselheira/anjo/parceira/cúmplice Tati Monteiro... e não conseguia...

Fazia tão pouco tempo que eu havia escrito um post pelo aniversário dela no blog Pau de Dar em Doido (dia 28/03)... Lá foi fácil, eu estava feliz, comemorando... contando os dias para que ela chegasse em BH e pudéssemos nos ver... Mas agora... Agora a dor da perda era grande demais, as lágrimas desceriam a cada palavra digitada... Só conseguia pensar em escrever textos com tristezas e revoltas e isso eu não queria! Porque entre nós duas nunca houve essas palavras (houve tristeza, mas provocada por outras pessoas e nós compartilhamos esses momentos, uma oferecendo colo pra outra)...

Naquela noite de 26 de setembro de 2009, quando a Tati entrou na minha vida, eu não poderia prever que encontraria alguém que se faria tão importante e especial para mim!

Algumas pessoas permanecem em sua vida por anos... Algumas você encontra todos os dias... E,apesar disso, essas pessoas não têm a menor noção de quem você é! Não sabem dos seus sonhos, seus anseios, seus desejos, seus medos, suas alegrias verdadeiras...

Minha convivência com a Tati foi por pouco mais de 6 meses... mas que valeram por toda uma vida!

Nos últimos meses, com exceção da minha família, ninguém esteve tão presente em minha vida quanto ela! Conversávamos todos os dias! E várias vezes ao dia, e de diversas formas: pelo Twitter, pelo msn, por ligações no celular (ah, que maravilha o plano Infinity da Tim, que nos proporcionava conversas de mais de uma hora: DDD a preço de ligação local!), por mensagens no celular...

Ela sabia tudo o que se passava comigo e me contava também tudo o que se passava com ela... Muitas vezes vinha um: "Nunca falei disso com ninguém..." ou então um "É muito raro eu tocar nesse assunto..." e aí ela abria seu coração... Eu falava mais ou menos a mesma coisa e foi assim que ela ficou sabendo de coisas minhas que eu não queria contar nem pra mim mesma!

Ela dizia: "Eu amo você como você é, e sei que você me ama do jeito que eu sou..."

Mas como não amá-la?

Quem via a Tati em sua humildade e simplicidade, não imaginava a pessoa fantástica que ela era! Escritora, poeta, dona de excelentes sites, colunista em outros, reconhecida (ela estava sendo até tema de pesquisa de mestrado - de um estudante da Paraíba!!) , inteligentíssima, culta... Tudo isso me fazia admirar demais essa menina... Sentia um orgulho danado dela!

Mas o mais importante na Tati nem era isso... Era a pessoa tão especial e única que ela era! O ser humano lindo, a amiga sempre presente!

Ela não descansava, sempre pesquisando, trabalhando, especialmente nas atualizações e na organização daquele que se tornou seu sonho: o portal Prosa em Verso! Quando, finalmente, tirou uns dias para viajar e descansar, voltou dizendo estar com a consciência pesada, porque muitos amigos tiveram problemas e precisaram dela e ela não estava "por perto" para ajudar! Ela era assim...

E quando a gente agradecia, ela dizia: "Carinho não se agradece: plante um girassol!"

Por esse jeito da Tati, de querer cuidar de todo mundo, de querer ajudar todo mundo, eu sempre dizia pra ela: "Você conserta minhas asas e me ensina a voar todos os dias"... Era verdade! Ela ensinava todo mundo a voar... Era lindo isso nela: ela não alçava vôos sozinha, levava todo mundo com ela!

Nesse nosso tempo de contato diário e intenso, eu nunca tive nada, nada mesmo que reclamar da Tati! Mesmo com os melhores amigos, a gente sempre tem alguma mágoa, alguma coisa que a gente diz: "Adoro essa pessoa, mas naquele dia..."! Com ela eu nunca tive nada! Nem um momento ruim!

Eu já estava acostumada a ver as pessoas sumirem, perderem contato, saírem da minha vida... No mundo virtual ou no mundo real. Por diversos motivos. Muitas vezes eu parava e ficava pensando nisso. Pensava em uma pessoa e dizia pra mim mesma: "Ah, essa pessoa pode se afastar de mim um dia por esse motivo... essa outra pessoa por aquele motivo"... Mas eu tinha certeza que a Tati nunca se afastaria! Eu chegava a pensar que, mesmo que todos os meus amigos tivessem que se afastar, eu sempre teria a minha amora Tati! Certeza imensa de que ela sempre estaria comigo!

Ela chamava todo mundo de tatu e eu chamava todo mundo de amora... Foi assim que ela criou meu apelido: tatuamora! Ela dizia: #amotutatuamora... E eu dizia: #amodemaisdaconta... E ela condensou tudo naquilo que passou a me dizer, toda vez que nos despedíamos... Ela dizia sempre: #amotutatuamorademaisdaconta!

Que bom... Nunca nos despedimos sem essas demonstrações de carinho! Nunca!



Ela dizia que me amaria pra sempre... E eu respondia: “E eu, para sempre e depois de sempre”!

Vivíamos bloqueadas pelo Twitter, por excesso de tweets, tanto eu como ela (e junto conosco a querida Patricia!), especialmente quando estávamos num bate-papo com a Sil, o Well, a Paty, o César, o LF, a Sandra e a Roberta! Era uma bagunça e uma alegria! Tanto que o Twitter não agüentava a tagarelice e por isso éramos bloqueadas! E nesses momentos entrávamos em outros perfis que criamos. Numa de nossas últimas conversas no Twitter, aconteceu que eu fiquei bloqueada e entrei no meu segundo perfil. Logo depois, lá vinha ela, no segundo perfil dela também, dizendo que tinha sido bloqueada! O LF perguntou: "Vocês combinaram de ficar bloqueadas juntas, é?"... E ela respondeu: "Nunca que eu ia deixar a minha tatuamora sozinha"! Eu tinha certeza disso!

Ela viria para Belo Horizonte no dia 08 de abril e nós estávamos contando os dias (daqui ela iria pro Maranhão e se encontraria com a Sandra Cajado, que ela tanto amava e chamava de #tatumommy)! Numa conversa no msn ela me mandou a imagem das passagens de avião... Ela dizia: "Vou voar pra perto de você, amora!"...

Conversei com a Tati no dia 04/04 pela manhã... E depois disso ela sumiu, não deu mais notícias. No dia 05, no dia 06 e no dia 07 eu liguei pro celular dela e mandei mensagens... Na última, enviada no dia 07, às 23h, eu disse apenas: "Dê notícias, estou angustiada..."! Nada. Nenhuma resposta. Meu coração ficou apertado. No dia seguinte, 08/04, às 12:50h, um telefonema e a notícia que dilacerou de vez meu coração: minha amiga, minha amora, minha confidente, minha cúmplice e conselheira havia falecido... Não vou dizer o que senti nos instantes que se passaram depois disso. Nem no restante do dia, nem nos dias que se seguiram... Foi tanta dor, tanta dor...

Minha amiga morreu com apenas 30 anos (tinha feito aniversário há uma semana!)...

Eu não queria entrar no Twitter, não queria entrar nos blogs, nem mesmo usar internet... Não suportava olhar para o meu celular e o desliguei! Só havia tristeza, dor e vazio dentro de mim... Eu não sabia o que fazer e nem queria fazer mais nada! Só chorar e chorar...


Mas alguns dias depois eu tive um sonho com ela... E no sonho ela estava em um lugar muito claro e iluminado. O rosto dela também era claro e iluminado e tinha um imenso sorriso! E ela dizia: "Tatuamora, não chora! Eu estou bem! Entendo tudo o que aconteceu e não sinto mais dor..."! Quando acordei, percebi que eu tinha que continuar a sonhar e voar... por ela!

E um dos meus maiores objetivos é continuar mantendo o Prosa em Verso no ar, site que era o sonho dela e que se tornou sonho de todos nós, que escrevemos lá, também!

Não vou mentir... Ainda há momentos em que eu me lembro dela com tanta força! E aí não dá pra segurar e choro muito... Releio os emails, as conversas salvas no msn, as DMs do Twitter, as mensagens no celular... E ainda dói muito! Mas aos poucos a dor vai se transformando em saudade e em lembranças...

Quando eu vejo quantas pessoas a amam, quantas pessoas ela ajudou de alguma forma, quantas pessoas se tornaram melhores depois de tê-la conhecido... isso é maravilhoso!

Nunca vou esquecê-la e sei que um dia nos reencontraremos...

O que a Tati me ensinou, o que ela representou na minha vida, a amizade pura e sincera que partilhamos, isso eu vou levar comigo... Para sempre! E depois de sempre...

Hélia

P.S: Um dia a Tati me mandou uma música... eu amei a letra! E passei a postar essa canção sempre! E quando postava eu dizia: "Para todos os meus amigos, e em especial para Tati Monteiro, que conserta minhas asas todos os dias... A música é "Tudo o que eu vivo", com a Laura Pausini... Fiz um vídeo com a música, homenagenando a Tati... Veja abaixo...

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Psiu...


Atenção para todos...

Carinho para muitos...

Afinidade com alguns...

Cumplicidade... Ah... Só com quem é muito especial...

(Psiu... me deixa sussurar uns segredos, bem baixinho, no seu ouvido... Quero sentir o arrepíar da sua pele, cúmplice, em meio a tantas reticências...)


^^

Hélia

sábado, 20 de fevereiro de 2010

No limbo...


A vontade, contida, incendeia o corpo que anseia por outro.

Não outro qualquer, mas aquele querido, desejado.

Esperar pelo momento enlouquece, atormenta: o encontro de dois mundos tão iguais, mas que se completam em suas sutis diferenças!

A agulha transpassa o tecido, como Penélope a ansiar por Ulisses: tecendo, bordando, desmanchando cada fio e reinventando novos bordados na luta contra os minutos que passam.

Só o beijo cala a boca que diz “Vem!”...

Só o toque aplaca o fogo que queima...

Só o enlace das mãos abranda o suplício da distância...

Só o encaixe dos corpos sacia e completa o encaixe das almas.

E quanto mais se prolonga a espera, mais crescem o desejo – pelo beijo, pelo toque, pelas mãos, pelo encaixe – e os dilemas! Pequenos dilemas que aumentam ao não encontrar segurança nas linhas de um desenho que se faz, se desfaz, se refaz...

É a cruel face da dúvida que acompanha as voltas do relógio e o sorriso inseguro no espelho, refletindo a alma irresoluta.

Entre o sim e o não, o limbo do talvez...

E assim, adormece-se, na aflição de mais uma noite a tecer sonhos, sem saber se eles irão um dia colorir a realidade...



^^

Hélia

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Simples assim...


"É a sua vida que eu quero bordar na minha

Como se eu fosse o pano e você fosse a linha..."


(A linha e o linho - Gilberto Gil)



^^

Hélia

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

A espera...


Agora que falta bem pouco para você chegar, o relógio me parece tão cruel!

As horas se arrastam, o tempo não passa e o meu coração se acelera num ritmo descompassado...

Meus olhos apreensivos seguem os ponteiros e minha mente ansiosa segue o caminho doloroso dos quilômetros que nos separam - e que, pra minha extrema alegria, vão diminuindo enquanto passam os minutos!

Desvio os olhos, e quando os fecho sinto seu cheiro, que me invade, me desnorteia... Quase posso sentir o calor do seu corpo... e como anseio por isso!

(Está chegando, meu amor, o momento de me sentir em seus braços, de sentir seu abraço...)

Há tanto para dizer, tanta coisa que quero lhe falar!

E, no entanto, sei que no instante em que nos tocarmos tudo que farei é colar e calar sua boca com a minha... num silêncio que preencherá todos os espaços!

^^

Hélia

domingo, 24 de janeiro de 2010

Motivo do meu sorriso...


E era quando tudo parecia ficar escuro e difícil demais... E o peso do mundo pairava sobre os meus ombros... Uma tristeza imensa se instalava, preenchia os espaços.

Era assim, estava assim.

Coloquei nele meus olhos opacos: o brilho deles havia se apagado.

Tinha a voz rouca e cansada de tantos dizeres, quando pedi:

- Diz uma coisa bonita, bem bonita pra mim...

- Hélia. - ele disse.

(É ele quem desenha o sorriso no meu rosto!!!)


^^


Hélia



"E aí você surgiu na minha frente... e eu vi o espaço e o tempo em suspensão! Senti no ar a força diferente, de um momento eterno, desde então... E aqui, dentro de mim você demora... Já tornou-se parte mesmo do meu ser... E agora, em qualquer parte, a qualquer hora, quando fecho os olhos vejo só você!" (Chico César)

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

"Saber amar... saber deixar alguém te amar..."


Apertou os olhos e viu, finalmente, o nome dele, a lhe chamar insistentemente...

Fernando...

No modo silencioso, o celular não vibrava e não emitia som algum. Mas aquela luz, piscando, e mostrando aquele nome, antes tão querido, deixou-a hipnotizada por alguns momentos.

Em segundos que lhe pareceram eternos, lembrou-se do momento mágico em que o conheceu...

Lembrou-se de quanto tempo levou para que ele a conquistasse.

Da aflição por não amá-lo ainda tanto quanto ele dizia amá-la...

Lembrou-se de como as coisas foram acontecendo, até que ele se fez tão importante em sua vida e de quanto o quis e de quanto o amou... infinitamente!

Da alegria indescritível de dividir sonhos, planos, projetos, confidências, um amor incomensurável e toda uma vida com alguém tão especial!

Lembrou-se das atitudes dele, incoerentes com suas palavras e juras de amor eterno...

Da angústia pelos momentos de dúvidas e pela insegurança que os atos dele lhe proporcionaram.

Lembrou-se da tristeza que enchia seu coração quando procurava se afastar dele, temendo um sofrimento maior...

Do quanto sentia falta de, ao menos, ouvir sua voz!

Lembrou-se de como seu coração se aquecia quando ele a procurava e lhe dava explicações convincentes, jurando novamente, e novamente, e novamente que ela era o verdadeiro, único e grande amor de sua vida!

Da alegria de ser tão amada e da certeza de que só com ele poderia existir felicidade!

Lembrou-se de como se sentiu injusta por não ter confiado nele...

Do peso na consciência. E da sensação boa de se acreditar cegamente em alguém!

Lembrou-se...

Da decepção arrasadora quando descobriu, enfim, que não era nem nunca fora única (e nisso, o que doía mais não era a falta de exclusividade, claro, mas a mentira!)... quando descobriu seus outros amores (tantos!)... que ela era só mais uma... que era alguém que não tinha, na verdade, nenhuma importância na vida dele...

Da dor de um sonho desfeito...

Lembrou-se...

Que ainda tentou manter-se próxima, no fundo procurando um motivo... esperando que, apesar da incontestável realidade dos fatos, ele tivesse alguma explicação lógica que a convencesse e que mostrasse o quanto fora injusta com ele...

Da esperança de viver aquele grande amor intensamente...

Mas ele não tinha mais desculpas dessa vez. Tudo já havia sido dito, e havia fatos... e fotos! E então, a cada questionamento dela, tudo o que ele podia oferecer eram silêncios... E os contatos foram se tornando cada vez mais escassos... os silêncios cada vez mais prolongados... e os períodos de afastamento, cada vez maiores.

Ainda havia noites em que ela sonhava com ele. E ligava pra ele, às seis da manhã, à meia-noite, às três horas da madrugada... no início conversavam, depois ela apenas ligava para ouvir sua voz distante dizendo “boa noite” e desligava rapidamente... até que não ligou mais, quando viu que nada mudava e que para ele estava cômoda aquela situação de tê-la sempre a disposição, e mais quantas mulheres o quisessem. Não mandou mais mensagens para ele nem respondeu as dele. Ele não reclamou. Apenas silenciou também. E ela foi se acostumando com aquele vazio doloroso que lhe comprimia o peito. Acostumando-se com a ausência dele...

Apertou os olhos novamente e olhou para o homem deitado ao seu lado na cama. Arthur. A respiração dele era pesada. Passou a mão pelos cabelos dele, acariciando-os. Ele sorriu, sem abrir os olhos, pegou a mão dela e beijou. Voltou a ficar com a respiração pesada, mas não largou sua mão.

Ela lembrou-se, então, da importância do amor de Arthur em sua vida. Sua presença, seu carinho, seu companheirismo. De como ele chegou quando ela mais precisava. Arthur não lhe fizera muitas perguntas. Não queria saber quem era o homem que tanto a fizera sofrer. Só queria estar ao seu lado. Enxugar suas lágrimas. Confortá-la. Amá-la. De verdade. E amar somente ela - pelo menos enquanto estivessem juntos. Essa era a diferença! Ele não prometia amá-la para sempre, nem fidelidade cega... mas ela sabia que, enquanto estivessem juntos, ele realmente lhe dedicaria um amor infinito! E depois de muito relutar – o eterno medo do sofrimento! – ela finalmente deixou-se amar por ele...

A respiração de Arthur tornou-se mais profunda e ela imaginou o quanto ele deveria estar cansado!

Ele chegava todos os dias às 20 horas. Hoje, no entanto, às 20:15h ainda não havia chegado. Foi quando seu celular tocou. Era Arthur, dizendo que iria se atrasar. Ela imaginou que era culpa do trânsito da sexta-feira, sempre mais intenso. No entanto, quando Arthur chegou, às 21:30h, trazia uma sacola nas mãos.

– Para você. – ele disse – Por isso demorei. Não é época, então foi difícil encontrar. Demorei para escolher também, porque não estavam muito bonitas.

A sacola estava cheia de jabuticabas. Não estavam muito bonitas mesmo, mas para ela eram perfeitas!

Balançou a cabeça pensando no que havia acontecido: na hora do almoço, como sempre, ele havia ligado para ela, para saber se estava tudo bem. E ela havia dito que estava com uma vontade imensa de comer jabuticabas. Sabia que não era época, não imaginou que ele procuraria e compraria. Mas ele fez. Porque, ele diria mais tarde, nada o fazia mais feliz que ver o sorriso dela. Porque – também palavras dele – o sorriso dela iluminava o mundo dele...

Por isso a respiração dele estava tão pesada. Havia sido um dia muito cansativo no trabalho, e ele ainda se preocupava em agradá-la.

O celular continuava piscando, ela fechou os olhos e adormeceu rapidamente. Sonhou que nadava em uma piscina de jabuticabas. As frutas eram limpas e macias. O cheiro delicioso e o toque macio das jabuticabas em sua pele faziam bem, e ela ria muito enquanto nadava. Deixou-se ficar ali, sorrindo, deitada de costas, balançando suavemente os braços...

Despertou novamente, porque a luz do celular batia diretamente em seus olhos. Ele ainda chamava, e o nome de Fernando insistia em aparecer na tela.

Pensou no que ele poderia querer lhe dizer. Pensou que, talvez, ele quisesse tê-la de volta. Talvez quisesse, finalmente, viver aquele grande amor, que ambos sonharam. Pedir a ela mais uma chance para, finalmente, fazê-la feliz. Ou para se fazerem felizes.

Ela olhou para Arthur. Pegou o celular. A chamada havia se encerrado e apareceu na tela do celular: 37 chamadas não atendidas. Ela estava pensando em como alguém poderia fazer 37 chamadas, a não ser que fosse para uma pessoa com quem realmente se importasse, quando o celular voltou a piscar, com uma nova chamada dele.

Ela sorriu. Desligou o celular. E pensou que amanhã, logo cedo, iria se desfazer do chip de seu celular e comprar outro... queria ter outro número. Pensando bem, talvez se desfizesse até do celular, que já estava bem velhinho. Isso, claro, depois de acordar Arthur com um café da manhã delicioso e muitos beijinhos e carinhos (y otras cositas más!!)... e depois de comer mais um pouco daquelas jabuticabas, as mais deliciosas que já havia provado em toda a vida!!

^^

Hélia

sábado, 16 de janeiro de 2010

Tantas coisas...


Escuta... eu quero te dizer uma coisa...

Não... quero te dizer tantas coisas!!

Quero que você saiba que sua presença ilumina a minha vida... e me deixa mais feliz!

Que quando nos falamos e, por vezes fico calada – e você reclama, brincando, da minha mudez – não é por falta de assunto... é só porque eu adoro ouvir sua voz...

Que às vezes eu fecho os olhos e deixo que sua voz entre na minha mente, e nesse momento eu viajo... fico leve... sou borboleta feliz, de asas coloridas...

Que é tão gostoso poder partilhar tanta coisa com você! Saber que você confia em mim, que gosta de dividir comigo suas alegrias e tristezas, as vitórias e derrotas... e que quer sempre saber de mim também!

Que depois que já passamos por tanta coisa eu, a cada dia, só consigo desejar mais e mais o seu bem! Ver você feliz me enche de felicidade também!

Que ficar longe de você me dói de uma forma que machuca o corpo, a mente, a alma...

Que quando você diz: “Nossa... saudade danada de você!”, é a coisa mais bonitinha desse mundo!

Que essa certeza (minha e sua!!) de que ainda vamos viver tantas outras coisas juntos – muito maiores, melhores e mais intensas – colore meus dias e minhas noites e me deixa cheia de desejos...

Que, por não ter palavras para expressar o quanto você é especial pra mim, eu canto pra você... Então, sinta minha voz, cantando bem baixinho em seu ouvido:

“Te adoro em tudo, tudo, tudo...
Quero mais que tudo, tudo, tudo...
Te amar sem limites,
Viver uma grande história...”

Beijos, com todo o meu carinho!

^^

Hélia

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Impressões...


“Quero ficar no teu corpo
Feito tatuagem
Que é pra te dar coragem
Pra seguir viagem
Quando a noite vem...

E também pra me perpetuar
Em tua escrava!
Que você pega, esfrega
Nega... mas não lava...”
(Tatuagem – Chico Buarque
)



É sempre a primeira impressão a que fica?

Nem sempre, posso garantir por experiência própria...

Conheci pessoas que me encantaram logo ao primeiro contato!

E tive aquela certeza – aquela que você sente bem lá dentro, e que parece que nada conseguirá mudar – com cada uma delas, de que aquela era A PESSOA... Alguém especial, que marcaria para sempre seu lugar no meu coração! Feito uma tatuagem, não só de pele... mas de alma!

Mas é que eu havia me esquecido que as pessoas, por mais transparentes que pareçam, nunca se mostram como realmente são, logo assim, de cara! E nem é possível... afinal, somos seres tão complexos!

E assim, aos poucos, essas pessoas que me pareciam tão especiais, foram se mostrando um tanto quanto... comuns! Simples contatos do meu dia-a-dia... Importantes, por serem seres humanos... mas não mais que isso... Percebi que essas pessoas simplesmente sabiam como se aproximar de mim... De algum modo, sabiam como me cativar... Mas não sabiam como me manter! Sabiam como me tocar... mas o toque acabava por ser tão superficial que não deixava, depois de algum tempo, nenhuma marca em mim!

Ao mesmo tempo, algumas pessoas que a primeira vista não se mostraram tão importantes para mim assim, começaram também a se revelar... exatamente do modo contrário!

Talvez por um pouco de falta de tato, talvez por excesso de vontade, talvez por me encontrarem em um mau dia, talvez porque eu tenha me colocado na defensiva, talvez porque não era a hora... talvez, talvez... por algum motivo indefinido, essas pessoas me assustaram à primeira vista... E, em vez de me aproximar, eu me afastei... e a cada passo delas em minha direção, eu recuava dois...

Acontece que eu ainda não havia me dado conta de que não é preciso ser "pra sempre" pra ser eterno (não depende da duração, mas da intensidade!)... que não é preciso haver promessas pra ser importante (aliás, é muito melhor que elas não existam, as promessas!)... que não é preciso haver “termos de compromisso”, mas apenas o “compromisso de nos termos” (como bem disse o poeta!)...

Acontece que eu havia me esquecido que as pessoas se mostram nos pequenos gestos, nos pequenos detalhes... E que é de detalhe em detalhe que elas vão nos conquistando... e que vão se fazendo especiais para nós! Porque é isso! A gente não é ou deixa de ser especial... A GENTE SE FAZ ESPECIAL para alguém!

Acontece que uma pessoa não desistiu de mim...

E, num momento em que me encontrei desprevenida, supostamente protegida sob a certeza de que nunca seria conquistada, ele me jogou um laço invisível. E, com esse laço, envolveu-me a cintura como num abraço de calor, ternura e sedução...

Depois, atou a si mesmo na outra ponta do laço, de tal forma que éramos, ambos, dominadores e dominados, sedutores e seduzidos, senhor e senhora dos nossos destinos... Tínhamos, os dois, o controle da situação... e estávamos, ao mesmo tempo, tão (deliciosamente!) descontrolados...

E entre nós eram tantos nós, que se transformavam em laços, fáceis de se soltar – mas quem é que queria sair?? Embora ainda acontecessem, por hábito, tímidas tentativas de resistência, o que predominava – e dominava! – mesmo era a sede do abraço... a fome dos beijos, a ânsia pelo toque...

E quando o toque se deu, quando todo o desejo contido se libertou, nada mais importava... pois quem agora se conhecia e se reconhecia, quem se perdia e se buscava, não era mais cada um de nós dois! Eram mãos que se tocavam, pernas que se enroscavam, braços que se apertavam, bocas que se uniam, línguas que se devoravam... E eram carinhos trocados, trilhando caminhos fascinantes, banhados de suor, emoldurados por sorrisos... onde gemidos se soltavam, transformando-se em gritos... de prazer e felicidade!

Não fazia mais sentido qualquer impressão – alguém se lembrava daquela primeira? – importava apenas as marcas que havíamos deixado um no outro: no corpo, na alma e no coração...

Mas se isso pode ser chamado de “impressão”... Posso dizer que essa impressão, sim, ficou! Intensa e eterna...

^^

Hélia