
Escuta: eu te deixo ser. Deixa-me ser, então. (Clarice Lispector)
Gosto de conversar. Sobre tudo, com todas as pessoas. Quase sempre tenho opinião sobre um assunto. Se não tenho, é porque o desconheço ou ele (o assunto) não me interessa muito. Na primeira hipótese, faço perguntas e fico atenta a quem fala sobre ele. Na segunda, apenas deixo que a pessoa fale, sem procurar aprender. Ao menos ela fica feliz em ser ouvida. E eu gosto de ouvir também. Mas se a pessoa fala besteira demais, mudo de assunto.
Sou atenciosa por natureza. Gosto de dar atenção, me faz bem. Gosto de tratar as pessoas bem e realmente me preocupo com os problemas delas. Não finjo. Às vezes algumas pessoas confundem essa atenção com flerte. Normalmente não é. Mas algumas vezes é, ou foi. A pessoa vai saber se perguntar. Só que ninguém nunca pergunta...
Sou prestativa e gosto de ajudar. Não me controlo, é mais forte que eu. Se não posso ajudar diretamente, procuro alguém que possa. Mas não para receber recompensas ou ganhar elogios. Sou tímida com elogios. E tenho medo de alguns, como por exemplo, “boazinha”. Aliás, nem acho que seja elogio. Mas alguns elogios são muito gostosos de ouvir.
Adoro demonstrações de afeto. Sinto falta quando elas não acontecem, em qualquer relação: namoro, casamento, amizade... Acho que elas estão para os relacionamentos assim como a água está para as plantas.
Faço qualquer coisa pelos meus filhos. Aprendi a extensão verdadeira da palavra “amor” com eles. Depois deles, continuo tendo outros amores, sorrindo ou chorando com eles. Mas não fico mais sofrendo por quem não merece. Tenho outras prioridades.
Isso não acontece só com os homens: eu também penso em sexo durante muitas horas do meu dia. Muitas mesmo. Não em todas, porque em algumas eu estou fazendo, e aí não penso em nada!
Prefiro homens que dizem “estou a fim de ficar com você, mas não é amor ainda, nem prometo que será” aos que já chegam dizendo que me amam profundamente.
Não gosto de novelas nem de filmes muito melosos. Mas sou romântica!
Sou atrapalhada, indecisa, desorganizada com meu tempo, sincera, leal e honesta.
Adoro chocolate e sou viciada em Suflair; viciada em café também; amo vinho no frio, cerveja no calor, suco natural sempre; sopas a noite; queijo e todo tipo de laticínios; música o tempo todo; violão, cantar, escrever, ler, família reunida; minha família toda, que é maravilhosa; computador e celular, as serras de Minas, viajar, dançar, dormir abraçadinha ou segurando as mãos; peito masculino pra recostar; andar de mãos dadas, ser professora; lavar os cabelos e sair com eles molhados; cozinhar, pessoas sorridentes; saber que fiz uma grande economia numa compra; sussurros no meu ouvido; beijo no pescoço, aliás, beijo de todo jeito; abraços; andar descalça; sentar na grama; namorar numa rede; edredons e travesseiros; sinceridade e lealdade; tocar os cabelos da minha mãe e sentir sua maciez e seu perfume; ouvir a risada do meu pai; receber mensagens no celular; receber telefonemas; comentários no blog (rsrs), não ter que digitar caracteres quando vou comentar nos blogs dos amigos; receber atenção no msn; sentir que sou querida e que minha presença é desejada.
E eu? Quem sou eu? Como me classificaram?
Deram-me um número? Sinto-me numerificada
e toda apertada. Mal caibo dentro de mim.
Eu sou um euzinho muito mixa.
Mas com certa classe...
(Clarice Lispector - Pra não esquecer)
^^
Hélia
(Quero dizer aqui que fiquei maravilhada com a atenção de vocês, amigos blogueiros – e quero dizer AMIGOS mesmo! Pois assim se mostraram... A minha postagem relatando a apreensão e preocupação com a saúde dos meus filhos foi a que mais recebeu comentários em menos tempo! E cada comentário mais carinhoso e acolhedeor que o outro! Fiquei profundamente FELIZ com esse carinho e digo que tudo o que tenho vivenciado nessa nova caminhada – como blogueira, há menos de 4 meses – tem superado e muito todas as minhas expectativas!! Vocês são, realmente, muito importantes para mim!! ^^)